sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O sábado que virou domingo (ou vice-versa)



Eu sentei numa fria pedra bem em frente a um posto de gasolina, senti uma imensa vontade de ir buscar uma cerveja lá, mas resisti, afinal isso de nada adiantaria. Tirei o último chicle do bolso, amassado e duro ele estava, mas me acalmaria, junto com o blues que eu iria ouvir num velho discman. Nem tinha pensado nisso: o que acharia de um tocador de CD’s, em plena época de iPod’s, mp3 players e tantas outras modernidades? Bom, talvez gostasse desse meu saudosismo. Liguei-o em volume não muito alto porque a qualquer momento ela poderia chegar. Sentia-me um pouco mais calmo, mas não menos suado. Era sábado, temperatura de uns trinta graus à sombra, quinze pras três da tarde de um dia qualquer de janeiro. Deu tempo de pensar o que ela iria pensar de me ver na cidade enquanto todos estavam na praia, é essa vida dura que levo, e serviria de motivo pra me fazer de coitado. Eu cheirava as axilas e os braços, pra conferir se ainda tinha cheirinho de desodorante e sabonete, dei uma conferida na barba, e estava mais mal-feita do que nunca. Tinha um chumaço de barba que eu não tinha visto antes! Olhei para o relógio e faltavam uns dez minutos. Dava tempo. Fui eu até o posto, comprei um barbeador e rezei pra que tivesse sabonete no banheiro que ficava na lancheria ao lado. Pra usar o banheiro eu tinha que consumir, mas o quê? Ahhh! Meu coração se acelerava, um minuto de atraso seria fatal! Era a primeira vez que encontrava alguém na praça! Comprei um bombom, afinal ela deveria gostar de chocolate. Guardei no bolso de trás, e fui ao banheiro. Eu tinha quatro minutos. Não tinha sabonete, mas vi um xampu no Box. Me estiquei pra pegá-lo e... merda! Alguém tinha tomado banho, estava tudo molhado, e eu caí! O bombom no bolso fez minha calça ficar com a aparência da palavra que eu disse acima. Agora eu me encontrava em desespero. Que tristeza eu sentia. Estava tudo acabado. Levantei, tirei os restos mortais de Amor Carioca do bolso, e comi. Porque raios, hoje, HOJE! Eu fui usar uma calça bege? Fiz a barba com xampu de erva cidreira e lavei a parte de trás da calça, afinal, melhor que ela visse a calça molhada, do que com marcas marrons. Saí do bar e ouvi as risadinhas dos butequeiros bêbados sobre o guri que fez tudo nas calças. Barba (agora menos) mal feita, calça molhada, suor, discman, tudo errado! Fui andando e vi uma menina sentada na calçada. Antes que eu chegasse perto, um carro importado parou em frente a ela e dele desceu um cara. Bonito, sem calças molhadas, e sem barba. Ela o cumprimentou e eles saíram andando. Ahhh, não acredito! Ela estava enganada! Aquele não era eu! E mesmo assim ela deu a mão pra ele! Será que não lembrava do meu rosto?! Corri até eles, com as calças molhadas, e o discman pulando no bolso, gritei para que parassem, e avisei o cara que a garota era minha! Os dois se viraram e, não pude acreditar! Não era ela! Virei-me e ainda ouvi a risadinha do casal sobre a minha calça bege com leves tons de marrom. Nem me importei, ainda não estava tudo perdido. Ela estava atrasada, daria tempo de secar a calça! Me preparava pra sentar de bunda pra cima no sol quando recebi uma mensagem, era dela! E dizia: “Não esquece o encontro que marcamos pra amanhã, hein? Beijo!”.
Eu li, reli, e li de novo. Meu coração saltitava! Eu estava completamente extasiado! Tinha me enganado, o encontro era no domingo, mas de tão nervoso que estava achei que fosse no sábado! Ah, que alívio! Eu a encontraria no dia seguinte!
Decidi ir comer um Amor Carioca pra comemorar. E depois fui pra casa, fazer direito aquela barba, e arranjar uma calça preta.

eu me prestei a fazer isso, e não serviu pra nada. ê lelê!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Há uns dois meses atrás, um amigo chorava por ter perdido a namorada.O choro, por vezes parecia exagero, não era possível que ele estivesse tão mal por ter a perdido.Eu não conseguia entender, o que o levava ao choro, ao quase desespero.Ele chorava porque não ia mais fazer parte do dia-a-dia dela, porque não ia mais estar junto, em todos os lugares.Ela não ia mais ligar, não ia mais se importar, ela ia preferir as amigas, os amigos, e ele?Ele era passado...
Eu não percebi.E que idiota eu fui.
Tempos depois eles voltaram.E fiquei feliz, ele ficou muito feliz, mas também não entendia porque tanta felicidade.
Eu não percebi.E que idiota eu fui.
Mas o mundo, a vida, as coisas, os sentimentos, vão, vem, mudam.
E agora eu é que me sinto perdido, sem saber que rumo tomar, porque eu não sou mais um inteiro, eu sou parte, e tem outra parte minha que falta, e que eu já não sei mais se vai voltar.
Hoje eu passei pelo banco da praça, lembrei da música, vi as fotos.E agradeci pelo menos por ter algo pra recordar.Chorei, lamentei, e senti dor ao lembrar das palavras.
Mas apesar da tristeza, da saudade, da incerteza, o sentimento que mais contamina é o de querer mudar, tentar, salvar o que ainda resta.
E é isso que eu farei.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ontem, meu repúdio a internet.Hoje ao tempo.
Este mês termina o inverno e o calor já tratou de aparecer
pra estragar mais a minha vidinha.

Calor dos inferno, eu te odeio, desgraçado!

Calor, pagode, internet e aromatizador de café
são as coisas que mais me irritam neste mundo!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O Brasil é o pais com o maior número de horas de conexão doméstica a internet,
segundo o Fantástico(que pegou essa informação de algum lugar).Ainda bem que cada vez eu fico menos na frente dessa máquina do demônio!


Internet propagadora da discórdia, tédio, stress e da inveja.
Salve-se quem puder!!