quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Subi alto, encontrei as chaves que abriam portas da vida. De repente eu me distraí e elas caíram, lá embaixo, no vale verde bem abaixo da montanha...então eu, que tinha gritado aos quatro ventos que estava cravando minha bandeira no topo, desci.Desço agora de cabeça baixa, enquanto os alpinistas sobem, falando mil línguas que eu não compreendo.Atravesso o último pôr-do-sol descendo, e que íngrime descida.
Agora, o topo eu vejo e percebo que não deveria ter comemorado nada, que não deveria ter esperado nada, que não deveria ter conhecido os que ao meu lado subiam. Mas como saberia eu? Se parecia que os outros que escalavam ao meu lado me guiavam, como anjos enviados por algum místico deus, de alguma crença que eu desconheço?
Chego então ao ponto do qual parti, tanto tempo atrás. Por entre os pastos verdes tem outra chave da vida, uma nova talvez, ou uma chave antiga perdida. Mas esperei. Sentei à sombra pra pensar: Que chaves eu quero, que portas elas abrem? eu quero abrir alguma porta? não. Lá em cima havia uma porta aberta, mas eu esqueci que, não custava colocar uma pedra nela, pra que a brisa não à fechasse.
Estou sentado à sombra esperando o calor passar... eu não deveria esperar nada, eu não deveria esperar que ninguém aparecesse por entre essas folhas e me dissesse quer é hora de subir de novo. Algumas montanhas não valem a escalada. Algumas montanhas não tem anjos.
Algumas coisas não deveriam mudar, assim como os clichês que me perseguem.

E hoje, elas mudaram. E hoje, eu sou novamente um clichê.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

'Post-it - Histórias de pequenos papéis'

Do luxo ao lixo:

- Que tu estás ouvindo nesse super Ipod com 100GB de espaço, tela touch scream, superphones surround, que custou R$1000,00?

- Zezédicamarguiluciano.