sábado, 28 de fevereiro de 2009

Rei Bolão E os oito do Posto(entenda o início)


Houve tempos, que o único documento válido foi a palavra, o maior comprometimento era a honra e a diplomacia resolvia-se na ponta da espada.
O desejo por riquezas, conquistas, e segredos dos povos tornara o mundo um grande ringue com uma disputa sangrenta e horrenda que perduraria anos.
Uma batalha em especial mostrou que a quantidade e a força nem sempre superam a força de vontade e o amor de um povo.
Oito guerreiros, em um juramento de sangue, prometeram guardar com suas vidas o segredo da cerveja real e a vida do “Rei BOLÃO”.
Durante anos o segredo da cerveja do Rei Bolão era enaltecido, pois era apreciado por todos, em seu reino nunca houvera alguém há que fosse negado
um copo do "liquido dos Deuses", como era conclamado. Mas a ganância e a inveja aos poucos tomava conta do Leste, os “Sapaktous” conforme iam se
armando planejavam um golpe como nunca visto, eles uniam forças pra acabar com o até então intocável Rei Bolão, tomando pra si a formula secreta da Cerveja Real. O plano era realmente perfeito, mas eles não contaram com a sabedoria do velho e sábio Merludim.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Rei Bolão e os oito do Posto.


O gelo estava derretendo, o inverno enfim estava chegando ao fim no Reino do Posto, após quase quatro meses em que tudo parecia um deserto branco as canções dos pássaros na copa de algumas arvores que já mostravam seu verde apontavam que um novo período estava a chegar. Nessa época do ano grandes quantidades de cerveja eram estocadas, visto que havia uma preferência considerável pelo consumo em dias mais quentes, não que em algum momento o bondoso Rei Bolão negasse a qualquer um que fosse, era realmente uma questão de preferência.
No fim de tarde enquanto Merludim preparava uma de suas poções no Jardim, afim de acabar com o restante da neve que pairava por lá, parou repentinamente, e se pôs a olhar atentamente para a pipa solta por Lord Litledoug que caia freneticamente, algo realmente irreal e quase inimaginável, pois ele sempre fora o melhor empinador de pipas da região, tradição que herdara de seu pai, que herdara de seu avô e assim sucessivamente. O olhar de decepção de Litledoug só mudou ao ver a reação de Merludim, e um sentimento apavorante tomou conto da cabeça de Litledoug, ele sabia que aquele olhar não era comum, mais, era mal pressagio. Realmente havia algo de errado. Merludim examinava atentamente sua garrafa de cristal, estava compenetradíssimo, Litledoug ás pressas, correu até "CRIS" e até mesmo ele no seu mais profundo ceticismo sentiu que havia algo errado. "CRIS" bradou a Merludim – Oque está havendo? Sabes que muito confiam em ti e te levam a sério, exponha o que está acontecendo. Disse ele.
Merludim após quase dois minutos em silêncio, olhou dentro dos olhos de "CRIS" e falou com voz trêmula – Cavaleiro, é chegado um novo tempo, esse vento sopra maldade, e assim como derrubou a pipa, vai tentar derrubar o Reino do Posto. Eu conclamo a formação dos "Oito do Posto".
Cris tipudeu um pouco e com seu ar arrogante e debochado indagou – Tu ta num trance né velho loco!
Litledoug, ao sentir o clima pesado tentou descontrair – Téquetatãofrio ein. Disse.
Mas na verdade o clima esquentara, Merludim com seu pó mágico em punho formava uma nuvem negra ao redor de seus cabelos loiros, barba por fazer e cicatrizes, e "CRIS" com sua espada em mãos quase urinava em suas calças de tanto rir. Nesse momento Sir Ricca Falaour chega a fim de amenizar o destempero dos dois e diz a frase inconveniente de sempre – Acalmem-se, não há nada que uma boa conversa não resolva.

O início disso tudo vem no próximo Post.
By Vinícius, em nome do proprietário do Blog.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Eis que, depois de tanto tempo de ócio eu decidi arriscar.
Até a metade do ano estarei morando em Porto Alegre. Depois disso eu volto, ou não. Depende da minha sorte, da minha vontade, de uma série de fatores.

Enquanto isso, mesmo sabendo que o blog é dispensável para quem por ventura o lê, pedi para que dois amigos continuem os posts por aqui. São eles o Vini: http://www.semtrava.blogspot.com/, e o Ricardo: http://www.ah-poiseh.blogspot.com/.

Agora, além de lê-los em seus respectivos blogs, eles postarão no Nadacerto.


Assim que der, postarei de Porto Alegre a última parte do conto de Cezar e Sophia, e talvez conte algo bom vindo da capital. Torçam por mim, torcerei por vocês...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O cara que tomava banho demais - parte III.
“Um tempo”. Foi isso que Sophia pediu a Cezar, um ano e quatro meses após terem começado o namoro. O casal que parecia tão perfeito aos olhos do mundo, tinha um problema grave. Sophia não podia mais continuar comendo cabelo, no sentido mais literal possível, e não queria mais que os dois brigassem. Foi complicado dizer a Cezar que os dois acabariam por ali uma história que construíram juntos, e que era de fato bonita. Mas Sophia decidiu-se, e acabou o namoro. Cezar por sua vez, não entendia. Achava que muito pior seria, se ele nunca se banhasse. E mesmo que tentasse diminuir seus banhos diários, se sentia muito mal. Pensou em conversar com Sophia, mas seu orgulho o fez ir pra casa, ouvir música. Sabia que sua, agora, ex-namorada não estaria em casa em uma sexta-feira à noite.
Bruno Andrade, pai de Cezar, entrou no quarto do filho. Em cinco minutos de conversa, Cezar pode perceber que, não era só ele que tinha manias estranhas. O pai repetia todas as palavras que dizia, em voz baixa, logo após terminar cada frase. Era como se ele calculasse se o que falou estava certo.
- Não se preocupe meu filho – não, se, preocupe, meu filho, repetia Bruno em voz baixa, quase sussurrando. – Sophia vai repensar suas escolhas, e vai ver que tu és um bom rapaz – Sophia, vai, repensar, suas, escolhas, e vai, ver, que, tu, és, um, bom, rapaz, - de novo, ele calculava as palavras.
Cezar nunca tinha notado essa estranha mania do pai. O agradeceu pelo apoio, sem deixar de notar que ele continuava calculando as palavras que dizia. Menos mal que o pai era engenheiro, gostava mais de números, talvez por isso calculasse até as palavras.
Quando se pôs a pensar de novo, sozinho no quarto, lembrou-se de que todos tinham manias. Sua mãe, por exemplo: adorava misturar doces e salgados. Mortadela com geléia de morango, cuca com cebola, ou o misto quente, recheado de queijo e doce-de-leite.
Seu cachorro, Thor, tinha as quatro patas perfeitas, mas, estranhamente usava só três. Uma das patas traseiras ficava sempre levantada, como se estivesse quebrada. Mas não estava. Thor é que tinha essa mania estranha.
Todos tinham manias. Cezar não entendia porque Sophia irritava-se tanto com o fato de ele querer estar limpo! Mas, decidiu que tentaria ao menos diminuir a quantidade, e esperaria por um arrependimento de Sophia. Enquanto isso, Cezar adquiriu outra mania, menos estranha:

Ele estava sempre sozinho.