terça-feira, 30 de setembro de 2008


Não tem coragem de me dizer.

Não tem vontade pra me olhar.

Não tem sentimentos pra me cantar.

Não tem carinho pra me guardar.


te falta mais que auto-estima.

te falta mais do que opinião.

te falta mais do beleza.

te falta mais do que coração.


te sobra vontade, mas tens pouca força. te sobra desejo, mas tens pouca ação.


sim é tarde pra dizer adeus.

sim é tarde pra se revoltar.

sim é tarde pra deixar de lado.

talvez seja tarde pra tentar.


sonhas alto com o futuro.

sonhas alto com a transformação.

sonhas alto com o impossível.

sonhas alto com imaginação.


te sobra vontade, mas tens pouca força. te sobra desejo, mas tens pouca ação.


imaginas que dará certo.

imaginas que ninguém vá machucar.

imaginas que estará perto.

imaginas às vezes que vai voltar.


te sobra desejo...

te falta possibilidade...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O exercício que tenho feito é me auto censurar. É bem verdade que não tem surtido efeito ao meu redor, mas parece que eu me sinto mais aliviado fazendo isso. Não sei se isso é sincero, se é o que deve se fazer quando o objetivo é mudar a tua relação com o mundo, mas faço. Os tropeços tem acontecido em graaande escala mas eu paro e começo a ver que até certo ponto, lamentar é ficar batendo sempre na mesma tecla. Os desafios que eu decidi enfrentar nos próximos tempos são grandes - se de fato acontecerem -, no entanto são os que vão me levar à algum lugar. Ou de volta a estaca zero, ou pela primeira vez à uma posição de perspectiva concreta. Eu me pergunto, o que dá pra mudar. Dá pra enfrentar a matemática? Dá pra enfrentar tua personalidade? Dá pra enfrentar o caos e achar tudo isso bom? Veremos.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fazem mais de cinco anos que trabalho na mesma empresa. Não tenho do que reclamar (a não ser do salário), todo mundo é boa gente. Nunca tive problemas com chefe, colega querendo me passar a perna ou com qualquer QUIPROCÓ trabalhista. É verdade, falta às vezes um lanchinho patrocinado pela chefia e a até pouco tempo, faltava um bebedouro desses que gelam a água, problema que já foi resolvido, então, ponto pros homens do poder. Logicamente ter um bom ambiente favorece pra que o trabalho seja melhor executado, ainda mais depois de um tempo, quando a liberdade internética deixa de ser interessante e passa a ser estressante.Te resta baixar a cabeça e trabalhar. Trabalhando mais às vezes surgem umas boas surpresas.Tudo muito bom, tudo muito certo. O problema é que mesmo não achando que é conspiração, nem azar, nem interferência do divino, sempre surge um pequeno problema que tem relação direta com o trabalho e do qual eu sou um participante ativo: a Chuva do Operário.

A Chuva do Operário, como o próprio nome diz, baseia-se no conceito do trabalhador, que cumpre horários estabelecidos. Recebe este nome também, porque foi feita especialmente para os assalariados que saem a pé. A função deste fenômeno é presentear cada trabalhador com um maravilhoso banho, cada vez que ele chega ou deixa seu local de labuta. Em cinco anos eu fui muitas vezes presenteado com o maravilhoso jorro de água do céus, acompanhados quase sempre do detestável vento. A chuva do Operário tem inicio SEMPRE às 11h25min da manhã e pára ao meio-dia. Recomeça às 12h55min e se estende até às 13h35min. Desta forma dificilmente você que vai a pé de sua casa até o local da lida escapa de se molhar.E o objetivo é exatamente este: que você não escape, afinal é uma homenagem.

A chuva do Operário acontece com muita frequência na minha cidade, não sei se este espetáculo é exclusividade ou se ele se espalha por todo o Brasil, mas é de fato algo impressionante. Neste exato momento, a chuva não cai porquê são três da tarde e não tem razão de ela cair, dificilmente alguém com pressa, atrasado ou com fome anda na rua às três. Assim, as nuvens guardam todo seu conteúdo, poupado durante a tarde, pra cair com toda intensidade às17h25min - outro horário da chuva -. Há tempos eu desisti de tentar entender o relógio do céu, mas tenho convicção de que ele existe. E se o trabalho me permite tempo pra escrever um texto, o céu me dá de presente a chuva. Uma mão lava a outra, e eu é que tomo o banho por completo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Física, Matemática, Geometria.